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28 de maio de 2013

Amenidades

Hoje tive que pegar um táxi, aleatoriamente, na rua. E acabei entrando no carro do Seu Gerson, um paraibano de 64 anos. Ele me contou sobre os filhos e a mulher, de 63, doméstica-babá de uma típica família tijucana em ascensão; da vinda da família dele lá de Coxixola (sim) para o Rio, com uma penca de irmãos, em 1958; e da problemática do trânsito na cidade, traçando um paralelo desde a década de 60 até atualmente - concluindo que piorou, obviamente.

E no fim o Seu Gerson, já amigo, não se fez de rogado ao falar de um tema corriqueiro em táxis: exames de próstata. Faz anualmente. "E ainda peço o telefone do médico no fim", brinca. Ele se justifica dizendo que o irmão, ignorante, recusou o teste durante toda a vida e morreu ano passado com, pasmem, mais de 60 tumores.

"A vida é curta, companheiro. E um dedo, dependendo do médico, também pode ser, né? Pelo menos a gente torce", ri.

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